O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um estudo que projeta as mudanças na expectativa de vida da população brasileira até 2070. Segundo os dados, as mulheres continuarão a viver mais que os homens, mantendo a tendência histórica observada no Brasil e em várias partes do mundo. No entanto, essa diferença, que atualmente é de cerca de 7 anos, deve diminuir gradualmente, chegando a uma vantagem de 5 anos em 2070.
Hoje, a expectativa de vida das mulheres brasileiras é de aproximadamente 80 anos, enquanto a dos homens gira em torno de 73 anos. Esse intervalo sempre foi atribuído a fatores como diferenças biológicas, hábitos de vida, e questões relacionadas ao comportamento de risco, mais comuns entre homens. Porém, com o avanço da medicina, melhorias nas condições de trabalho e uma maior conscientização sobre cuidados de saúde, a expectativa de vida masculina vem crescendo em um ritmo mais acelerado, o que contribuirá para a redução da diferença entre os gêneros nas próximas décadas.
O estudo do IBGE sugere que, apesar da redução dessa disparidade, as mulheres ainda manterão um índice mais elevado devido a cuidados com a saúde mais frequentes, menor exposição a atividades de risco e maior adesão a práticas preventivas. Entretanto, mudanças no comportamento masculino, com um aumento na busca por qualidade de vida e maior adesão aos cuidados com a saúde, estão contribuindo para essa redução gradual da diferença de longevidade entre os gêneros.
As projeções são baseadas em uma série de dados demográficos e de saúde da população, levando em consideração o envelhecimento da população brasileira, as melhorias no sistema de saúde e as mudanças nos padrões de mortalidade. Especialistas do IBGE destacam que essas tendências indicam a importância de políticas públicas que continuem a incentivar os cuidados de saúde tanto para homens quanto para mulheres, visando uma qualidade de vida melhor para todos.
Ainda que as mulheres continuem a viver mais tempo, o estudo reforça a necessidade de pensar na longevidade de ambos os sexos, para garantir que os brasileiros, independentemente do gênero, possam desfrutar de uma vida mais longa e saudável. A redução da diferença na expectativa de vida aponta para uma evolução positiva no comportamento social e na qualidade de vida da população brasileira como um todo.
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