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Polícia Civil do Tocantins realiza Operação Hemera e desarticula esquema de estelionato liderado por mãe e filha

Investigadas se passavam por servidoras públicas para enganar vítimas em diversas cidades do estado

15/04/2025 às 10h01
Por: Redação Fonte: Secom Tocantins
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Mãe e filha de 28 e 46 anos foram presas preventivamente suspeitas de aplicarem golpes de estelionato em várias cidades do estado - Foto: Segurança Pública/Governo do Tocantins
Mãe e filha de 28 e 46 anos foram presas preventivamente suspeitas de aplicarem golpes de estelionato em várias cidades do estado - Foto: Segurança Pública/Governo do Tocantins

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 72ª Delegacia de Polícia em Luzimangues, distrito de Porto Nacional, deflagrou nessa segunda, 14, e terça-feira, 15, aOperação Hemera, que resultou no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva de mulheres investigadas por uma série de crimes de estelionato praticados em várias cidades do estado.

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As investigadas, identificadas como J.S.L., de 28 anos, e sua mãe, R.S.S.L., de 46 anos, participam de um esquema fraudulento que prometia imóveis do programa Minha Casa Minha Vida e liberação de terras públicas mediante pagamento antecipado. J.S.L. seria a mentora de todo o grupo.

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“Conforme apurado durante as investigações, J.S.L. se apresentava como servidora de órgãos públicos e, valendo-se dessa falsa credibilidade, enganava vítimas com promessas fraudulentas relacionadas à entrega de imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, mediante pagamento antecipado de valores. Em muitos casos, a investigada chegava a levar os interessados até locais supostamente destinados aos imóveis, exibindo imagens e documentos falsos para convencer as vítimas da veracidade do negócio”, explicou o delegado Diogo Fonseca da Silveira, responsável pelo caso.

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Além dos falsos imóveis, as investigadas alegavam ter influência junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), oferecendo acesso a terras públicas em troca de valores pagos previamente. Após o recebimento das quantias, as promessas não se concretizavam e as autoras do golpe desapareciam.

R.S.S.L., por sua vez, atuava no aliciamento das vítimas e na intermediação dos pagamentos, colaborando diretamente para a efetivação dos crimes. O delegado afirma que a atuação do grupo era estruturada e recorrente. "Já foram registrados mais de 40 boletins de ocorrência contra o grupo criminoso, todos relacionados a crimes de estelionato e delitos patrimoniais. Apenas na 72ª DP [Delegacia de Polícia] a oito inquéritos em andamento contra as investigadas e seus comparsas", destacou o delegado Diogo Fonseca.

Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu documentos, celulares e outros materiais que podem contribuir para a identificação de novas vítimas e possíveis cúmplices. As diligências seguem em curso com o objetivo de aprofundar as investigações e responsabilizar todos os envolvidos. Após passar pelos procedimentos legais cabíveis as suspeitas foram encaminhadas para a Unidade Prisional Feminina de Palmas.

Operação Hemera

O nome da operação, Hemera, faz referência à deusa da luz do dia na mitologia grega, simbolizando o rompimento com a escuridão da enganação. A escolha representa o esforço da Polícia Civil em lançar luz sobre os crimes cometidos, desarticular a rede de fraudes e promover justiça às vítimas.

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